Os grandes princípios de Deus para toda família
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabaça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a pela lavagem da água, pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua próprio carne; antes, alimenta e sustenta, como o Senhor à igreja; porque somos membros do seu corpo; por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá è sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada em particular ame a sua próprio mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 5.22 ao 6.4).
Paulo, o apóstolo dos gentios, o grande expoente da doutrina cristã, escreveu neste texto sagrado sobre os princípios elementares para cada um dos membros da família. Tais princípios são leis e preceitos vindos da parte de Deus para orientar, conduzir, regular e por limites, com a finalidade de manter a paz, a harmonia e a felicidade dentro do lar; transformando, desse modo, em um “pedaço do céu”.
Esses princípios se assemelham a lei de trânsito. Se o indivíduo não a obedece está sujeito a punição e a provocar vítimas e a ser vitimado mortalmente. Da mesma sorte se alguém não acata os preceitos divinos para a sua família está passivo a conseqüências desastrosas, podendo causar até a morte de um casamento e a destruição de um lar. Muitas famílias têm sido desfeitas exatamente por causa disso. A Drª. Albertina Malafaia disse: “é justamente pela falta de obediência a essas leis que a família está passando atualmente pela uma fase aguda, de profundo descaso e desonra. Em conseqüências de os casais não levarem em consideração as normas determinadas por Deus para o casamento, grande número de famílias está se desestruturando” (MALAFAIA, 2007. P 21).
Mas, a família que quiser de fato vencer as dificuldades hodiernas e permanecer inabalável, rejeitando as idéias de uma sociedade pós-moderna sem Deus, precisa atentar diligentemente para os princípios divinos a seguir.
1. Princípio da submissão
Esse primeiro preceito se relaciona com a mulher. Por causa da influência do feminismo norte americano, muitas esposas, até mesmo cristãs, não mais querem ser submissas. Mas essa submissão deve ser considerada como uma ordem natural de autoridade. Deus criou a família organizada e em toda organização existe um líder. Na empresa tem o gerente, na policia tem o comandante, no colégio tem o diretor, na tribo tem o cacique, no país tem o presidente, na cidade tem o prefeito, na igreja tem o pastor. Na família, a primeira e grande instituição divina, não é diferente. Deus instituiu o marido com o líder do lar.
Essa submissão não deve ser por medo e nem obrigada. Deve ser uma atitude espontânea e voluntaria. Pois o termo submissão no original grego significa sujeitar-se em obedecer voluntariamente. Portanto o ato da mulher se sujeitar a seu marido não é um fardo, nem machismo e nem escravidão. É um ato de liberdade de poder se sujeitar sem está presa a ninguém, mas livre pela verdade da graça de Deus. Pois a verdade da graça não escraviza, mas liberta (Jo 8.32,36).
Assim como a igreja é salva e livre pela graça (Ef 2.8,9; Tt 2.11-14), ela está livre para se sujeitar a Cristo voluntariamente, sendo zelosa e de boas obras. Assim também a mulher está livre pela mesma graça para se sujeitar a seu marido, tendo como mais alto modelo de inspiração a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo, baseando em três aspectos:
· No temor que a mulher cristã tem por Deus: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres sejam submissas ao seu marido, como ao Senhor” (Ef 5.21,22). Se a mulher é obediente a palavra de Deus e temente ao Senhor Jesus Cristo não terá dificuldade para por em prática o princípio acima, pois ser submissa ao seu esposo significa está também sob a vontade de Deus
· Na admiração que a mulher cristã tem pelo seu marido: “a mulher reverencie o marido” (Ef 5.33). O sentido de “reverencie” é admiração. Admiração é algo que precisa ser sempre cultivada dentro do casamento, para conservá-lo sempre forte e saudável. Pois muitos cônjuges antes de se casarem tinham uma profunda admiração pelo outro, mas depois do casamento, com o passar dos tempos, perderam o hábito de se admirarem e de se declararem apaixonados.
· No amor que a mulher cristã sente pelo seu esposo: “quanto às mulheres idosas... sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3,4). Quando a mulher aprende a amar de fato ao seu marido e quando, em contrapartida, o marido sempre conquista o amor de sua esposa a submissão torna-se algo natural e agradável.
2. O princípio do amor
Esse segundo princípio se relaciona ao esposo. E parece que apóstolo Paulo tem muito mais a dizer aos maridos que às mulheres; pois, são apenas três versículos para falar do deve da esposa, enquanto nove versículos são dedicados para argumentar sobre o amor que o esposo deve dedicar à sua esposa.
O homem precisa compreender que amar é muito mais que um mero sentimento, que uma mera paixão. Amar é acima de tudo uma decisão. É uma ordem imperativa de Deus – “Maridos, amai vossa mulher”. Sendo uma ordem de Deus vai além muito das emoções e das conveniências, para operar no campo racional e espiritual. Por isso que homem deve amar fundamentado na razão e na vontade de Deus. Ele precisa decidir a amar, a ser fiel e a cuidar da esposa até que a morte o separe. Essa é a vontade e o plano de Deus para o casamento. Esse é tipo de amor que dura para sempre. Um amor forte, paciente, benigno, que tudo sofre, que tudo crê, que tudo espera e que suporta, que não arde em ciúmes, que não se ensoberbece, que não se conduz inconvenientemente, mas que se alegra com o bem está físico, emocional, social e espiritual do cônjuge. Este amor tem os seguintes fundamentos:
· Cristo. “maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef5.25 -27). Jesus é o fundamento e o mais alto de modelo de amor (Jo 1334,35; 15.13). Devemos amar como ele amou. Isso também vale para o casamento. Assim como Jesus ama a igreja, devemos amar a esposa e até se entregar por ela. É na verdade um amor sacrificial. Um amor que vai além das meras conveniências, além dos interesses próprios, para olhar e até se sacrificar pelo bem do cônjuge. Um amor que não aceita, nem permite e nem exerce qualquer tipo de violência contra a mulher. Pois há uma ação positiva de cuidado físico, espiritual e emocional. Quem vive esse amor não precisa das leis que os defendam. Não que as leis, como a “Maria da Penha” não sejam boas. Mas o cristão que faz desse amor um prática e um modelo de vida, sempre viverá sem violência. A paz será seu legado.
· Amor próprio. “assim também os maridos devem amar a sua esposa como o próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.28,29). Resumindo: devemos amar a esposa como se fosse o nosso próprio corpo.
· Organismo vivo de Cristo. “porque somos membros de seu corpo” (Ef 5.30). Devemos amar a esposa porque ela também é membro da igreja de Cristo. É uma serva de Deus, uma irmã em Cristo. Se queremos o bem de todos que pertencem a Cristo, é lógico que temos o dever de buscar o bem de nossa esposa e amá-la.
3. Princípio da obediência e da honra
Esse terceiro princípio se relaciona aos filhos. Muitos adolescentes hoje em dia influenciados pelo século da proclamação da liberdade já não querem mais ser obedientes aos seus pais. Acham que não mais devem satisfação de seus atos a ninguém, muito menos aos seus familiares. Esta rebeldia tem custado caro a nossa juventude, perdendo-se nas drogas, no alcoolismo, na prostituição e na violência. Porém, o filho cristão, precisa compreender que enquanto viver sob o teto dos pais tem de ceder ao comando deles.
Deus tem duas grandiosas promessas aos filhos que são obedientes e que saibam honrar o pai e mãe, as quais são:
· Promessa de prosperidade. “para que te vá bem” (Ef 5.3).
· Promessa de vida longa. “e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 5.3)
4. Princípio da disciplina
Esse quarto princípio se relaciona aos pais no seu dever de educar os seus filhos e de criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor. É um grande desafio para os pais da presente era. Não há nada que nos apóia nesta sublime e nobre missão. O mundo hodierno está confuso quanto essa questão. Mas a Bíblia é taxativa: devemos criá-los na disciplina.
Disciplinar não é castigar, mas primeiramente ensinar. O termo disciplina se origina de discípulo, e discípulo significa aprendiz. Mas só há aprendiz se houver o que aprender e com quem aprender. Neste caso a criança é um discípulo primeiramente dos pais, aprendendo na admoestação do Senhor. Portanto, o primeiro setor de educação na vida de uma criança não são as creches, mas o lar. Moisés escreveu sobre isso nos seguintes termos: “estas palavras que, hoje, te ordeno estará no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6. 6,7). Aqui vale o ditado: “educação vem berço”. E a educação cristã embutida na mente da criança forma continua lhe servirá para o resto da sua vida, mantendo-o firme nos caminhos do Senhor (Pv 22.6).
Disciplinar é também por limites. A Criança precisa aprender desde cedo que nem tudo que quer ou deseja fazer pode ser satisfeito. Em fim, disciplinar é também em última instância punir. Salomão nos ensinou sobre isso quando escreveu: “o que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24).
Podem-se resumir os grandes princípios de Deus para toda família em quatro palavras: submissão, amor, obediência e disciplina.
Para a música torna-se insuportável aos ouvidos basta que um dos tubos do órgão esteja desafinado. Para que toda família sofra basta que algum de seus membros esteja desafinado espiritualmente com algum desses preceitos divinos. Mas em contra partida para que toda família seja de fato feliz basta colocar em prática esses preciosos e imutáveis princípios divinos. O lar que vive de acordo com essas leis torna-se um retrato perfeito do relacionamento místico de Cristo com a Igreja.
Pr Joventino b. Santana (Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia e licenciando em Pedagogia)
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