segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quando Deus nos escolhe, escolhe também a nossa família


A família é um grande projeto de Deus, com a finalidade de nos fazer feliz, de perpetuar a raça humana e de cumprir os desígnios divinos na terra. Por isso quando Deus nos chama para sua obra chama também a nossa família.
                 cena_5_jesus_bdz5tOs projetos de Deus durante a história bíblica sempre envolve não penas os indivíduos, mas toda a família. Quando Deus criou a terra, criou o homem para cuidar; mas em seguida viu que não era bom que homem estivesse só. Então ele criou a mulher para ser sua auxiliadora e ordenou que fossem fecundos e formassem uma grande família. Quando Deus salvou Noé, ele também salvou sua esposa, seus filhos e suas noras. Quando Deus chamou Abraão e ordenou para sair de sua terra e do meio de sua parentela, prometendo fazer-lhe uma grande nação. O projeto não envolvia apenas Abraão, mas sua esposa Sara, e consequentemente o seu futuro filho. Quando Deus exaltou a José e o fez governador do Egito, a benção não foi só para José, mas também para toda sua família, que foi salva da fome. Antes de Deus chamar Moisés para ser o libertador dos Hebreus, ele escolheu sua mãe e um homem da casa de Levi, para escondê-lo por três meses e depois em seguida foi criado pela própria mãe, como empregada da filha de Faraó. Quando o Senhor libertou os Israelitas do jugo egípcio, não foram apenas os homens que saíram, mas até as crianças de peito. Diz que nem uma unha ficou na terra do Egito; até os ossos de José foram levados. Raabe foi salva da destruição de Jericó juntamente com seu pai, sua mãe e seus irmãos e todos seus familiares. Quando Deus escolheu Maria para ser a mãe do salvador, ele também escolheu José. Foi tanto assim que José quis fugir e deixar Maria, o anjo apareceu a José e falou-lhe do plano divino.
Sim, todos os grandes planos de Deus envolve a família. Isso também não é diferente em ralação ao projeto da salvação. Deus deseja salvar toda a nossa família e é uma promessa sua para aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo. A palavra de Deus nos diz: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). Essa promessa se cumpriu na vida do agente penitenciário da antiga cidade de Filipos. Ele creu e todos os seus foram salvos. Lucas registra em Atos o seguinte: “foi ele batizado, e todos os seus... e, com os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (At 16.33,34). Essa promessa também cumpriu em minha vida. Hoje posso parafrasear Josué: eu e minha casa servimos ao Senhor (Js 24.15). Essa promessa pode cumprir em sua vida também. E se a sua família já é toda cristã, salva por Cristo, dê graças e ore para o Senhor continuar cumprindo a sua promessa de salvação entre as famílias.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os grandes princípios de Deus para toda família
 
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabaça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.

Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a pela lavagem da água, pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua próprio carne; antes, alimenta e sustenta, como o Senhor à igreja; porque somos membros do seu corpo; por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá è sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada em particular ame a sua próprio mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 5.22 ao 6.4).

Paulo, o apóstolo dos gentios, o grande expoente da doutrina cristã, escreveu neste texto sagrado sobre os princípios elementares para cada um dos membros da família. Tais princípios são leis e preceitos vindos da parte de Deus para orientar, conduzir, regular e por limites, com a finalidade de manter a paz, a harmonia e a felicidade dentro do lar; transformando, desse modo, em um “pedaço do céu”.
Esses princípios se assemelham a lei de trânsito. Se o indivíduo não a obedece está sujeito a punição e a provocar vítimas e a ser vitimado mortalmente. Da mesma sorte se alguém não acata os preceitos divinos para a sua família está passivo a conseqüências desastrosas, podendo causar até a morte de um casamento e a destruição de um lar. Muitas famílias têm sido desfeitas exatamente por causa disso. A Drª. Albertina Malafaia disse: “é justamente pela falta de obediência a essas leis que a família está passando atualmente pela uma fase aguda, de profundo descaso e desonra. Em conseqüências de os casais não levarem em consideração as normas determinadas por Deus para o casamento, grande número de famílias está se desestruturando” (MALAFAIA, 2007. P 21).
            Mas, a família que quiser de fato vencer as dificuldades hodiernas e permanecer inabalável, rejeitando as idéias de uma sociedade pós-moderna sem Deus, precisa atentar diligentemente para os princípios divinos a seguir.

1.      Princípio da submissão

Esse primeiro preceito se relaciona com a mulher. Por causa da influência do feminismo norte americano, muitas esposas, até mesmo cristãs, não mais querem ser submissas. Mas essa submissão deve ser considerada como uma ordem natural de autoridade. Deus criou a família organizada e em toda organização existe um líder. Na empresa tem o gerente, na policia tem o comandante, no colégio tem o diretor, na tribo tem o cacique, no país tem o presidente, na cidade tem o prefeito, na igreja tem o pastor. Na família, a primeira e grande instituição divina, não é diferente. Deus instituiu o marido com o líder do lar.
Essa submissão não deve ser por medo e nem obrigada. Deve ser uma atitude espontânea e voluntaria. Pois o termo submissão no original grego significa sujeitar-se em obedecer voluntariamente. Portanto o ato da mulher se sujeitar a seu marido não é um fardo, nem machismo e nem escravidão. É um ato de liberdade de poder se sujeitar sem está presa a ninguém, mas livre pela verdade da graça de Deus. Pois a verdade da graça não escraviza, mas liberta (Jo 8.32,36). 
Assim como a igreja é salva e livre pela graça (Ef 2.8,9; Tt 2.11-14), ela está livre para se sujeitar a Cristo voluntariamente, sendo zelosa e de boas obras. Assim também a mulher está livre pela mesma graça para se sujeitar a seu marido, tendo como mais alto modelo de inspiração a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo, baseando em três aspectos:
·         No temor que a mulher cristã tem por Deus: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres sejam submissas ao seu marido, como ao Senhor” (Ef 5.21,22). Se a mulher é obediente a palavra de Deus e temente ao Senhor Jesus Cristo não terá dificuldade para por em prática o princípio acima, pois ser submissa ao seu esposo significa está também sob a vontade de Deus
·         Na admiração que a mulher cristã tem pelo seu marido: “a mulher reverencie o marido” (Ef 5.33). O sentido de “reverencie” é admiração. Admiração é algo que precisa ser sempre cultivada dentro do casamento, para conservá-lo sempre forte e saudável. Pois muitos cônjuges antes de se casarem tinham uma profunda admiração pelo outro, mas depois do casamento, com o passar dos tempos, perderam o hábito de se admirarem e de se declararem apaixonados.
·         No amor que a mulher cristã sente pelo seu esposo: “quanto às mulheres idosas... sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3,4). Quando a mulher aprende a amar de fato ao seu marido e quando, em contrapartida, o marido sempre conquista o amor de sua esposa a submissão torna-se algo natural e agradável.  

2.      O princípio do amor

Esse segundo princípio se relaciona ao esposo. E parece que apóstolo Paulo tem muito mais a dizer aos maridos que às mulheres; pois, são apenas três versículos para falar do deve da esposa, enquanto nove versículos são dedicados para argumentar sobre o amor que o esposo deve dedicar à sua esposa.

O homem precisa compreender que amar é muito mais que um mero sentimento, que uma mera paixão. Amar é acima de tudo uma decisão. É uma ordem imperativa de Deus – “Maridos, amai vossa mulher”.  Sendo uma ordem de Deus vai além muito das emoções e das conveniências, para operar no campo racional e espiritual. Por isso que homem deve amar fundamentado na razão e na vontade de Deus. Ele precisa decidir a amar, a ser fiel e a cuidar da esposa até que a morte o separe. Essa é a vontade e o plano de Deus para o casamento. Esse é tipo de amor que dura para sempre. Um amor forte, paciente, benigno, que tudo sofre, que tudo crê, que tudo espera e que suporta, que não arde em ciúmes, que não se ensoberbece, que não se conduz inconvenientemente, mas que se alegra com o bem está físico, emocional, social e espiritual do cônjuge. Este amor tem os seguintes fundamentos:
·         Cristo. “maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef5.25 -27). Jesus é o fundamento e o mais alto de modelo de amor (Jo 1334,35; 15.13). Devemos amar como ele amou. Isso também vale para o casamento. Assim como Jesus ama a igreja, devemos amar a esposa e até se entregar por ela. É  na verdade um amor sacrificial. Um amor que vai além das meras conveniências, além dos interesses próprios, para olhar e até se sacrificar pelo bem do cônjuge.  Um amor que não aceita, nem permite e nem exerce qualquer tipo de violência contra a mulher. Pois há uma ação positiva de cuidado físico, espiritual e emocional. Quem vive esse amor não precisa das leis que os defendam. Não que as leis, como a “Maria da Penha” não sejam boas. Mas o cristão que faz desse amor um prática e um modelo de vida, sempre viverá sem violência. A paz será seu legado. 
·         Amor próprio. “assim também os maridos devem amar a sua esposa como o próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.28,29). Resumindo: devemos amar a esposa como se fosse o nosso próprio corpo.
·         Organismo vivo de Cristo. “porque somos membros de seu corpo” (Ef 5.30). Devemos amar a esposa porque ela também é membro da igreja de Cristo. É uma serva de Deus, uma irmã em Cristo. Se queremos o bem de todos que pertencem a Cristo, é lógico que temos o dever de buscar o bem de nossa esposa e amá-la.

3.      Princípio da obediência e da honra

Esse terceiro princípio se relaciona aos filhos. Muitos adolescentes hoje em dia influenciados pelo século da proclamação da liberdade já não querem mais ser obedientes aos seus pais. Acham que não mais devem satisfação de seus atos a ninguém, muito menos aos seus familiares. Esta rebeldia tem custado caro a nossa juventude, perdendo-se nas drogas, no alcoolismo, na prostituição e na violência. Porém, o filho cristão, precisa compreender que enquanto viver sob o teto dos pais tem de ceder ao comando deles.
Deus tem duas grandiosas promessas aos filhos que são obedientes e que saibam honrar o pai e mãe, as quais são:
·         Promessa de prosperidade. “para que te vá bem” (Ef 5.3).
·         Promessa de vida longa. “e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 5.3)

4.      Princípio da disciplina

Esse quarto princípio se relaciona aos pais no seu dever de educar os seus filhos e de criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor. É um grande desafio para os pais da presente era. Não há nada que nos apóia nesta sublime e nobre missão. O mundo hodierno está confuso quanto essa questão. Mas a Bíblia é taxativa: devemos criá-los na disciplina.
Disciplinar não é castigar, mas primeiramente ensinar. O termo disciplina se origina de discípulo, e discípulo significa aprendiz. Mas só há aprendiz se houver o que aprender e com quem aprender. Neste caso a criança é um discípulo primeiramente dos pais, aprendendo na admoestação do Senhor. Portanto, o primeiro setor de educação na vida de uma criança não são as creches, mas o lar. Moisés escreveu sobre isso nos seguintes termos: “estas palavras que, hoje, te ordeno estará no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6. 6,7). Aqui vale o ditado: “educação vem berço”. E a educação cristã embutida na mente da criança forma continua lhe servirá para o resto da sua vida, mantendo-o firme nos caminhos do Senhor (Pv 22.6).
Disciplinar é também por limites. A Criança precisa aprender desde cedo que nem tudo que quer ou deseja fazer pode ser satisfeito. Em fim, disciplinar é também em última instância punir. Salomão nos ensinou sobre isso quando escreveu: “o que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24).

Podem-se resumir os grandes princípios de Deus para toda família em quatro palavras: submissão, amor, obediência e disciplina.
Para a música torna-se insuportável aos ouvidos basta que um dos tubos do órgão esteja desafinado. Para que toda família sofra basta que algum de seus membros esteja desafinado espiritualmente com algum desses preceitos divinos. Mas em contra partida para que toda família seja de fato feliz basta colocar em prática esses preciosos e imutáveis princípios divinos. O lar que vive de acordo com essas leis torna-se um retrato perfeito do relacionamento místico de Cristo com a Igreja. 
Pr Joventino b. Santana (Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia e licenciando em Pedagogia)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

grupo de senhoras "Armonia"
CULTO DA FAMÍLIA
 A nossa família é o bem mais precioso que temos, pois é a coroa da criação de Deus. Nos últimos anos as famílias têm sido atacadas
de todos os lados, por isso ela deve ser preservada, cuidada e amada. Melhor do que todos os presentes do mundo é a presença de uma família feliz.    
Foi pensando nisso que programamos um CULTO ESPECIAL DA                    FAMÍLIA, na IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS, no Caminho 52,Nº 2, Urbis IV. Onde juntos estaremos agradecendo a Deus pela nossa família.

O CULTO SERÁ NO DIA 26 de setembro, DOMINGO ÀS 19:00 HORAS.
                 Estaremos lhe aguardando.           Medite: Josué 24:15
Pr Joventino Barros Santana

sábado, 18 de setembro de 2010

semana da família


Do dia 21 ao dia 26 de setembro estará ocorrendo na Assembleia de Deus da Urbis, no caminho 52, nº 2, (Jequié-BA) a grande semana da família.

Tema: Eu e minha família serviremos a Deus

palestrastes:

  1. Pr Joventino Barros Santana (teólogo, licenciado em filosofia e licenciando em Pedagogia)

  • Estará ministrando nos dias 21 e 23 (terça-feira e quinta-feira) sempre as 19 horas.

  1. Pr Silvio Lâmego (teólogo, psicólogo e professor)

  • Estará ministrando no 25 (sábado) às 19 horas e no dia 26 (domingo) às 9 horas e às 19 horas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

o inapreensível

O INAPREENSÍVEL

Teologia talvez seja a mãe das ciências. Pois antes do homem pensar racionalmente e cientificamente sobre as coisas, já pensava no transcendente e nos seres superiores. A religião e o pensar teológico são tão antigos que se confundem com a própria origem do homem. Logo, a teologia, que um pensar sobre Deus ou, se preferir, um pensar sobre os deuses, é muito antigo e vem antes da astrologia, da geometria e da filosofia e assim por diante.
Mas, ao mesmo tempo, é um tema muito atual e que aguça a mente de qualquer ser humano. A onde quer que chegamos o pensamento e as discussões de cunho religioso se faz presente. Seja na igreja, na esquina, no trabalho, dentro de casa e até uma partida esportiva. Nações já tiveram conflitos bélicos e já se uniram por causa das divindades.   Casamentos se realizaram e já terminaram por causa das convicções religiosas. Seja mulher ou homem, pobre ou rico, negro, branco ou amarelo, douto ou indouto, romano ou judeu, todos discutem sobre teologia. Pois religião não é apenas uma questão cultural, ela faz parte da essência espiritual do ser humano. Portanto a teologia é algo comum às pessoas. Não há como não pensar em “Deus”, embora o sagrado permaneça distante e inapreensível.
Até mesmo o ateu quando escreve sobre ateologia, simplesmente discute sobre possíveis argumentos sobre a não existência de Deus. E que logo se revelam em vão, pois Deus não cabe em nossos experimentos e nem em nossa racionalidade, pois Ele transcende tudo isso. Ele pertence ao campo da fé, e por meio dessa fé tento explicar o Deus, que também é racional, afetivo e poderoso. Como disse Agostinho de Hipona: “credo ut intelligam (creio para entender), ou seja, para Agostinho o homem não entende para crer, mas crer e depois buscar compreender e se não compreender continua crendo, pois a fé vai além da razão. Deus está acima de nossa racionalidade e da nossa lógica e mesmo assim quase que a totalidade da humanidade vive sobre a lógica divina. Isso é fascinante. Por isso que sou um apaixonado por Teologia. As questões teológicas são tão fortes, que os homens viram bombas, matam e morrem por causa daquele que não se pode apalpar.
Agora, se você me perguntasse sobre o que é Teologia? Poderia lhe citar as mais diferentes definições de muitos teológos. Mas todas vão ter algo em comum - o divino e o humano. Então, seguindo certo influência bartiniana (Kal Bart), poderia dizer-lhe que Teologia é sempre um tratado sobre Deus na sua relação como o ser homano. Desse modo Teologia trata da relação Deus/homem e homem/Deus. Este é o seu tema central. È tão assim, que o próprio Senhor Jesus Cristo é Deus verdadeiro e verdadeiramente homem.

sábado, 4 de setembro de 2010

As controvérsias entre dois santos

Tomás de Aquino
Agostinho de Hipona
Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino têm influenciado o pensamento cristão mais que qualquer outra autoridade religiosa e teológica da história. Os seus pensamentos não estão presentes apenas na teologia, mas também continuam vivos na filosofia e até na política. Não é por acaso que são considerados como os dois maiores teólogos da história do cristianismo e da filosofia cristã.

Ambos se apossaram da filosofia, especialmente da grega clássica, para defender a fé cristã e demonstrar a lógica dos princípios religiosos. Eles desenvolveram argumentos racionais para provar a existência de um Deus pessoal e criaram uma teoria teológica da história humana

Apesar de suas semelhanças, de pertencerem a uma mesma religião e de defendê-la e de procurar a lógica da fé cristã, há entre eles, controvérsias dignas de serem observadas.

A primeira diferença entre um e outro é o tempo. Agostinho viveu entre o século IV e V (354 a 430). Tomás de Aquino é do século XIII (1225 a 1274). Quase mil anos separa um do outro. Embora sejam representantes da filosofia medieval cristã, Agostinho é a principal figura da filosofia patrística, ao passo que Aquino é a figura central da escolástica. São períodos diferentes. No Tempo de Santo Agostinho a igreja buscava organizar e sistematizar racionalmente o pensamento cristão. Para isso ela subjugou a filosofia, reduzindo meramente ao papel de serva da teologia. Já no tempo de Tomás de Aquino a Igreja é um grande império religioso, com definições absolutas e acabadas, onde ninguém poderia contrariá-la. No entanto, a filosofia inicia a reivindicar a sua independência, sua libertação do julgo teológico. São Tomás de Aquino, seguindo a tendência do seu tempo equipara a filosofia à teologia. 

Ambos beberam abundantemente da filosofia grega clássica e tentaram a seu modo e influenciado pelo seu tempo reinterpretar e adaptar a filosofia com a teologia e com os dogmas da Igreja. Agostinho adotou como seu filosofo predileto Platão, ao passo que Tomás de Aquino adotou Aristóteles.
Alguns dos representas da patrística foram: Clemente de Alexandria, Orígenes e Tertuliano. Mas a principal figura é Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona. Seguindo a tradição platônica, que sempre o perfeito por detrás de todo imperfeito e a verdade absoluta por detrás de todas as verdades particulares, também Santo Agostinho pensa numa iluminação pela qual a verdade é infundida no espírito humano por Deus (ARANHA e MARTINS, 1993, P. 143)
Consultando a tradução feita diretamente do grego, Santo Tomás de Aquino recuperou o pensamento original de Aristóteles. Mais que isso, fez  as devidas adaptações à visão cristã (ARANHA, 1993, P. 143)  

Em cidade de Deus e em cidade dos homens percebe-se claramente a influencia da filosofia de Platão nos pensamentos de Agostinho. O filósofo ateniense havia ensinado há quatro séculos a. C, que o mundo que vemos adiante de nossos olhos é apenas um mundo de sombra. É uma reprodução do mundo eterno e das formas espirituais. Cidade de Deus é nas palavras do bispo de Hipona o mundo perfeito, o alvo de todos os cristãos. Quanto que a cidade dos homens, é uma sombra do reino de Deus. Ela não é o fim, mas da onde o homem emerge, da onde o homem é chamado.

Estes pensadores cristãos não optaram por esses filósofos por o caso. No tempo de Agostinho a influência de Platão era mais forte que qualquer outro pensador grego. O filósofo judeu de Alexandria, Filo, adaptou o platonismo ao judaísmo nos anos 20 a. C a 50 d. C. Clemente de Alexandria no século II e Origens no século III beberam também das correntes platônicas. Santo Agostinho, que veio logo depois, ao adotar a filosofia como auxiliadora da fé, consequentemente se apossa naturalmente do pensamento de Platão e reinterpreta fazendo uma adaptação à teologia.

No caso de Tomas de Aquino é exatamente no instante em que a filosofia inicia um processo de ressurgimento, reivindicando a sua libertação. Nesse período, precisamente no século XII, as obras de Aristóteles são traduzidas para o latim, aumentando desse modo sua influencia sobre os teólogos. Um pensamento interessante de Aristóteles, que foi aprofundando teologicamente por Tomás de Aquino, é que há uma prima causa que é a causa não causada causadora de todas as coisas. Daí ele desenvolveu um argumento racional dividido em cinco vias para provar a existência de Deus.        

Portanto, Agostinho reduziu a filosofia à serva da teologia. Para ele, a filosofia auxilia no entendimento das coisas divinas. São suas palavras: “Credo ut intelligam” (Creio para que possa entender). Ao passo que Aquino equiparou a fé à razão. Para ele, tanto a filosofia quanto a teologia tem sua origem em Deus e são de iguais importâncias para compreender e entender as coisas divinas.  

No entanto, quer olhamos para Santo Agostinho, quer para Santo Tomás de Aquino, veremos que ambos têm o mesmo interesse: em saber a causa última de todas as coisas e em relacionar o cristianismo com a filosofia grega.

Pr Joventino Barros Santana

Que Mensagem Pregar?

E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as noções, começando por Jerusalém (Lc 24.47)


Ultimamente muitas mensagens são pregadas às nações por meio da mídia televisionada, pela internet, pelo rádio, por meio dos livros, revistas, jornais e etc. Alguns pregam uma mensagem de auto-ajuda, outros pregam uma mensagem entrelaçada pelo psicologismo, tem pessoas que defendem a paz propagada pela Organização das Nações Unidas, outros fazem apologia da mensagem do evangelho do socialismo de Gustavo Gutierrez, há gente que pregam o ecumenismo com boa nova aos religiosos das nações. Mas Jesus ordenou que se pregasse a todas as noções a mensagem do arrependimento para remissão dos pecados. 
 

Esta foi a mensagem dos profetas veterotestamentários. Isaias falou: “deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, por que é rico em perdoar” (Is 55.7).     

Esta foi a mensagem do profeta João Batista: “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.1,2).

Esta foi a mensagem do Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 4.17).

Está Foi a mensagem dos doze discípulos: “chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois em dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse.” (Mc 6.7,12 ).
Esta foi a mensagem do apóstolo Pedro: Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus de Cristo para remissão de vossos pecados, e receberes o dom do Espírito Santo (At 2.37,38). 
 
Esta foi a mensagem do apóstolo dos gentios, Paulo: “Ora, não levou Deus em conta o tempo da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”(At 17.30). 

Assim, podemos afirma que esta é a mensagem missionária que Jesus ordenou que se pregasse a todas as pessoas. Por quê? Por que o arrependimento é uma necessidade indispensável e fundamental para o homem encontrar o perdão de seus pecados e conseguintemente a salvação de sua alma.

Pr Joventino Barros Santana (Bacharel em teologia, licenciado em Filosofia e licenciando em Pedagogia)

A Necessidade de arrependimento

Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para perdão dos pecados (At 2.38).

O homem foi criado por um ato soberano da vontade de Deus. De acordo com o livro de Gênesis, Deus criou o homem com o propósito de lhe servir e o adorar para sempre. A fim de testar a fidelidade humana, Deus colocou no centro do Jardim do Éden a árvore do conhecimento do bem e do mal, e deu liberdade para que se comesse de todas as árvores de jardim, exceto a árvore do conhecimento do bem e do mal, pois no dia em que dela comesse, certamente morreria (Gn 2.16,17). 

O ser humano desacatou a ordem divina e induzido pelo diabo alimentou-se do fruto da árvore, pecando, desse modo, contra Deus. Etimologicamente, desviou-se do alvo estabelecido pelo Senhor. Por meio desta ação, o pecado passou a fazer parte da natureza humana. Todos os homens se tornaram pecadores. O apóstolo Paulo escreveu que “por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12).

O arrependimento é uma urgente necessidade exatamente por isso. “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23). Davi escrevendo o Salmo 14 fornece-nos um retrato sobre o deplorável estado pecaminoso do ser humano: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus. Corrompem e praticam abominação; já não há quem faça o bem. Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corrompem; não há que faça o bem, não há nem se quer um (Sl 14.1-3).

O pecado é uma realidade incontestável. Popularmente ele é conhecido como mal, na filosofia ele é denominado de vício, na sociologia ele é identificado como problema social, na ética ele é chamado de erro, na legislação ele é denominado de crime, na medicina ele pode ser comparado como uma doença, na psicologia e na psicanálise ele se manifesta como desvio de conduta e de comportamento.  Não há, portanto, como negar a realidade do pecado. Observe que os pais e os educadores sempre ensinam coisas boas às crianças, no entanto elas aprendem como facilidade o errado, quanto ao correto, sempre há dificuldade. Isso por que o pecado se faz presente na natureza humana desde a concepção.

Ainda se pode provar a realidade do pecado nos dados estatísticos sobre os diversos tipos de crimes praticados pelas pessoas. No mundo, segundo alguns sites de pesquisas, a indústria da droga movimenta mais de 400 bilhões dólares por ano. Estima- se que existem mais de 180 milhões de usuários de drogas em todo o mundo. Algumas pesquisas indicam que no Brasil 22,8% da população consome drogas. Quase 50% das escolas estaduais têm problemas com o tráfico e com consumo de drogas. Mas de vinte mil brasileiros por ano perdem a vida devido às drogas.

Outro grande problema é o fumo. Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabagismo mata por ano 3,5 milhões de pessoas, o que equivale 10 mil pessoas por dia. Estima-se que a partir de 2020 morrerão 10 milhões de pessoas e 250 milhões de crianças por ano por causa do tabagismo.

O alcoolismo é outro grave pecado que tem ceifado milhões de vidas. Contabiliza-se que 10% da população mundial é alcoólatra. O Brasil se apresenta no topo da lista como país de maior número de acidente de trânsito causa por causa da bebida, com um milhão de acidente por ano.

Os homicídios é outro grave problema que vem preocupando e tirando a paz das pessoas. 11% dos homicídios do mundo ocorrem no Brasil. A cada ano mais 40 mil brasileiros morrem com o uso de armas de fogo. Outro lastima que cresce assustadoramente é o aborto. Ocorrem anualmente em torno de 46 a 55 milhões de abortos, aproximadamente 126 mil por dia. São 126 mil pessoas que morrem sem poderem dá pelo ao menos um grito de socorro. 

 A conseqüência do pecado é exatamente isso - a morte. Paulo disse que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).

O pecado é como a areia movediça. Enquanto mais o homem tenta se liberta dele, mais se afunda. A forma ensinada por Jesus para se redimir do pecado é o arrependimento. É voltar-se do pecado e voltar-se para Deus.

Pr Joventino Barros Santana (Bacharel em teologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia)

Nossa História

Centenário das Assembléias de Deus no Brasil - III
 
Eu e Você fazemos parte dessa história

Uma singela pergunta. Embora seja singela, é uma pergunta filosófica. Uma interrogação feita por qualquer pessoa quando se interessa por algum tema. Como o nosso tema é o centenário das Assembléias de Deus no Brasil, cabe muito bem essa interrogação: o que é Assembléia de Deus?

Igreja Evangélica Assembléia de Deus é uma Igreja cristã, protestante e pentecostal.

Cristã por que ela crer nas grandes doutrinas do cristianismo: em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; na inspiração plena e verbal da bíblia Sagrada, na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e em sua ressurreição corporal. Ela crer na pecaminosidade do homem e na necessidade de arrependimento, no juízo, em um lugar de tormento para os ímpios e na vida de gozo e felicidade para os crentes fiéis.
Protestante por que Assembléia de Deus prática os cinco princípios basilares da reforma de Martinho Lutero: só a fé, só a graça, só Cristo, só as Escrituras e somente a Deus a glória. Por isso que rejeitamos as obras como meio de salvação, não aceitamos a idolatria ou algum outro mediador que não seja Jesus Cristo. Cremos que a Bíblia é a nossa única regra de prática e fé e adoramos e damos glórias exclusivamente ao Senhor Deus.

Pentecostal por que ela crer na urgência de pregar o evangelho e ganhar almas para reino de Deus, de viver uma vida em santidade, na iminência da volta de Cristo para buscar a sua Igreja, na cura divina e na atualidade dos dons espirituais. Ela é pentecostal, sobretudo, por que crer piamente no batismo no Espírito Santo e com fogo, tendo como evidência inicial e física o falar em outras línguas, tal como sucedeu no dia de pentecostes, em Jerusalém, registrado no segundo capitulo de Atos.

A Igreja Assembléia de Deus comemora seu centenário como a maior Igreja pentecostal do mundo. Centenário das Assembléias de Deus; eu e você fazemos parte também dessa fantástica história.

Pr Joventino Barros Santana

Nossa História

Centenário das Assembléias de Deus no Brasil - II

Eu e Você fazemos parte dessa história

“Cultura assembleiana”

Assembléia de Deus é uma Igreja singular. Crer no batismo com Espírito, na cura divina, na urgência da salvação e na iminência da volta de Cristo. Tem uma liturgia própria, um hinário próprio, chamada de Harpa Cristã, uma grande escola dominical, uma imensa rede de oração em todo o Brasil, envolvendo crianças, adolescentes, jovens, senhoras e anciãos, denominado de Circulo de Oração. Ela tem uma maneira única de cultuar, organizado em culto publico, evangelístico, de oração e de doutrina. Seus pregadores são fervorosos, seus cantores são animados e seus escritores amam redigir citando a Bíblia.
Ah, não se pode esquecer que Assembléia de Deus tem uma forma diferenciada de saudar uns aos outros quando se encontram, seja na igreja ou em qualquer outro lugar, se saúdam com a PAZ DO SENHOR.

Assim, pode-se dizer que Assembléia de Deus não prega somente o evangelho, ela desenvolveu uma cultura cristã assembleiana, copiada por muitas outras denominações.     
 Centenário das Assembléias de Deus; eu e você fazemos parte também dessa fantástica história.

Pr Joventino Barros Santana

Nossa História

Centenário das Assembleias de Deus no Brasil - I

Eu e Você fazemos parte dessa história

A fundação da Assembléia de Deus.

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus foi funda em 18 de junho de 1911, Por iniciativa de um irmão por nome de Raimundo Nobre.

Quando um grupo de irmãos, incluindo os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, foram excluídos da Igreja Batista (por esta não aceita a doutrina do batismo com o Espírito Santo e o avivamento pentecostal), ficaram atônitos e sem saberem que rumo tomar. Não era propósito de Vingren e Berg fundarem uma nova Igreja, seu propósito era evangelizar e proclamar a todos que Jesus salva, cura, batiza no Espírito e leva para céu.  Porém, adiante de tal circunstância era imperioso decidir sobre qual rumo tomar.
Então, em 18 de junho de 1911, por iniciativa de Raimundo Nobre, os 19 crentes excluídos pela minoria inimiga do avivamento, se reuniram na casa de Henrique Alburquerque, na Rua Siqueira Mendes, Nº 79, no Bairro da Cidade Velha, em Belém – PA, e decidiram fundar uma nova denominação, que recebeu inicialmente o nome de Missão Apostólica da Fé e posteriormente, por sugestão de Gunnar Vingren, em 11 de janeiro de 1918, foi oficialmente registrada como ASSEMBLEIA DE DEUS.

Pr Joventino Barros Santana