segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A glória de perder e tragédia
 
 
Quantos sejam os anos da vida de um ser humano, ela sempre se caracteriza por uma sucessão de ganhos e perdas.Jesus estabeleceu princípios estranhos, porém sólidos e verdadeiros ao deixar claro que para ganhar é preciso perder.

Muitos vivem preocupados o tempo todo com a falsa glória de perder peso e a penosa tragédia de ganhar fama. A perda de peso é falsa porque nada acrescenta ao caráter. O lucro da fama pode ser uma tragédia pelos inimigos que conquista e pelo mau uso das benesses por ela adquiridas.

Ganhar a salvação quase sempre significa perder amigos, mas estes são efêmeros enquanto aquela é eterna.Quando Cristo nos ganhou, o Diabo nos perdeu. Moisés perdeu o fausto do trono do Egito, mas ganhou a glória da comunhão com Deus no monte.

Abraão perdeu a estabilidade de Ur dos Caldeus, mas ganhou o status de peregrino de Adonai. Em Ur, vivia em esterilidade. Como peregrino, tornou-se pai de uma multidão de nações.

Muitos perdem a honra quando ganham muito dinheiro. Outros ganham reputação, quando perdem o temor de ser honrados.Muitos perdem o tempo que não sabem aproveitar e ganham o prêmio da inatividade.

Outros ganham o troféu de laboriosos, enquanto perdem o amor pela inércia. Abrão perdeu o nome de mais alto, para ganhar o de mais amado. É melhor ser amado em baixo, que desprezado em cima.

Jacó perdeu o direito de andar totalmente ereto entre os homens, mas ganhou o privilégio de um novo nome, que o declarava príncipe de Deus. É melhor ter o defeito de Jacó que a beleza de Absalão.

Daniel perdeu o prazer de ricos banquetes, mas ganhou a bênção de interpretar sonhos do rei. José perdeu a emoção de uma aventura rápida com a mulher de Potifar para ganhar a designação de Primeiro-Ministro da nação mais poderosa de seu tempo.

Esaú perdeu o respeito pela primogenitura para ganhar o título de leviano e fornicário. João Batista considerou uma glória perder a cabeça física, para poder ganhar a aprovação da Cabeça Espiritual.

Ananias quis ganhar algumas cédulas que enriqueceriam seu patrimônio, mas perdeu a própria vida, sob o juízo de Deus. Alguns perdem o respeito para ganhar posições. Outros perdem posições para ganhar o respeito.Existem os que choram quando ganham, pois sabem que a vitória era de outros e os que se alegram quando perdem, pois perderam o que não deviam possuir.

Na contabilidade espiritual de Paulo, perder posições humanas era uma glória, enquanto ganhar almas era um privilégio. Caro leitor, como estás no ganha-e-perde da vida? Bem-aventurados os que se desvencilharam de tudo que ganharam erradamente. Mais bem-aventurados ainda os que conseguiram recuperar tudo aquilo que jamais deveriam ter perdido.

O filho pródigo, longe de casa, experimentou a tragédia de ganhar amigos. Só quando vivenciou a glória de os perder, se sentiu realmente feliz.O irmão do filho pródigo perdeu a alegria quando o viu ganhar a reconciliação. Para aqueles que choram as muitas perdas de ontem, recordamos que elas serão superadas e esquecidas pelas vitórias de amanhã.

O cego de Jericó viveu a glória de “perder” sua capa, para não sentir a tragédia de ganhar a morte estando ainda cego.Ganhar é uma tragédia quando está em jogo aquilo que não se deveria possuir. Perder é uma glória quando se trata daquilo que jamais se deveria obter.

Quando Jesus quis declarar que a tragédia de ganhar o mundo só pode ser evitada pelo desprezo à glória de ganhar o que ele oferece, Ele propôs uma questão, que nunca pode ser esquecida: “De que aproveitaria ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”?

Autor: Pr. Geziel Gomes

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Agarre as oportunidades 

 Não desperdiça as oportunidades. Agarre cada uma delas como se fosse a última da sua vida e faça de cada oportunidade o seu trunfo. pois  há coisas na vida que não  voltam atrás: uma oportunidade perdida, uma palavra falada e uma flecha lançada. Só mesmo a misericórdia do Senhor.

Oportunidade é uma arma poderosa. Quando aparecer uma oportunidade, entre nela, não tenha medo de se expor. Quem não se expõe não conquista. Quem não se expõe não conquista e não faz história. Agora a sua exposição abre críticas fundadas e infundadas. Nenhum profeta está isento de ser exposto e caluniado. Se você é profeta, bem-vindo à calúnia, porque a Bíblia diz que feliz é aquele que recebe uma calúnia.

As oportunidades que Deus está lhe entregando são divinas. Ele está entregando para que você possa mudar a realidade geográfica em que vive. A primeira oportunidade é a base para as outras que nascerão. É na oportunidade divina que Deus vai colocá-lo nos lugares altos.

Você não imagina as portas que estão na sua direção. A chave do Reino abre qualquer porta e essa chave é nossa. As portas estão a sua frente, então abra as portas. Como seu líder, seu Pastor, o desejo do meu coração é que a sua vida, seu exemplo, seu testemunho seja uma chave para abrir portas na sua direção.


Pr Eliel Amoral soares

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sexo, sem culpa

Nesta última terça-feira de novembro, no dia 30, tive o privilegio de meditar um pouco com a Igreja, a qual pastoreio, sobre família. Subalterno ao segundo capítulo do evangelho de João, falei sobre quando o vinho acaba o que fazer?

Sabemos que o vinho é sinônimo de alegria, de festa e de amor. E uma das alegrias que muitos têm deixado escapar é a felicidade do sexo no casamento. Alguns extrapolam os limites e terminam pecando contra Deus, ao passo, que outros, são tão limitados que perdem de desfrutar de uma vida de plena felicidade e prazer sexual com seu cônjuge.  O grande teólogo do século XX, Karl Bart disse que a sexualidade humana “vacila entre o erotismo iníquo, por um lado, e uma iníqua ausência de erotismo, por outro”. Ou seja: o cônjuge cristão não pode permitir que seu leito conjugal seja contaminado pela indústria pornográfica e pelas falsas promessas de prazer extraconjugal, mas encontra partida, não se pode deixar dominar pela rigidez de alguns, conduzidos por interpretações equivocadas da Bíblia. Onde muitos só enxergam proibições, a Bíblia nada diz. A Bíblia não fala sobre posição adequada, local permitido e nem mesmo sobre sexo oral. Não podemos discriminar aquilo que a palavra de Deus não discrimina

O pastor Luiz Tarquínio, em seu livro: Inteligência ConjugalSegredos para um casamento de sucesso, incentiva aos casais a aproveitarem plenamente da sexualidade, desfrutando ao máximo dessa benção forjada por Deus. Pois o sexo aromatiza o casamento, dá alegria e beleza. É no casamento que a sexualidade é vivida em sua forma mais intensa, mais prazerosa e sem culpa. No casamento os cônjuges podem desfrutar plenamente do prazer antes, durante e depois do ato sexual, sem medo, sem dores e sem angustias. Por que depois do gozo vem a paz, o abraço carinhoso, o sorriso sereno e a uma noite tranqüila.  É a “sem-vergonhice” santa e aprovada por Deus.

Ainda de acordo com Luiz Tarquínio, é no casamento que o sexo é mais seguro, o prazer é certo, recíproco, pois conhecemos os pontos certos, as palavras certas, as brincadeiras certas, o tempo certo. É no casamento que podemos servir ao outro sexualmente, pois sabemos do que o outro gosta de fazer, de receber e de ouvir. É no casamento que Deus está assentado conosco no quarto aplaudindo os nossos deleites.
       Pr Joventino B. Santana

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O gesto físico da oração sacerdotal de Jesus

           Qual foi o gesto físico da oração sacerdotal de Jesus Cristo?
           Levantou os olhos aos céus.
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os lhos ao céu e disse: Pai é chegado à hora; glorifica a teu filho, para que o filho te glorifique a ti (Jo 17.1).

            Isso significa de acordo com o original que ele ergueu a face para os céus, em direção ao trono de Deus. Isso mostra que Jesus estava sem temor, sem timidez e que sua oração tinha uma direção certa: o céu, onde Deus habita e está o seu trono. Diferente de Adão que se escondeu ao ouvir voz de Deus no Éden, Jesus levantou a face para falar com o Pai. Nós, da Assembleia de Deus, também temos um gesto ao orar. Geralmente nos colocamos de joelhos. Isso é uma atitude de reverencia e humildade adiante de Deus. É um reconhecimento da soberania divina e que adiante dela nos curvamos.

Portanto, quando oramos não envolvemos apenas a nossa mente ou as nossas emoções. O nosso corpo também está envolvido. No ato da oração se deve ter de modo natural e espontâneo uma postura corporal que demonstre humildade, reverência, fragilidade e nossa finita dependência do eterno Deus.  

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O MILAGRE DO PENTECOSTES TAMBÉM É NOSSO   

Centenário das Assembleias de Deus no Brasil
Eu e Você fazemos parte dessa história

Logo depois do surgimento da novel igreja, com 19 crentes, o rebanho não para de crescer, realizando assim o primeiro batismo nas águas do rio Guamá. Joanyr de Olivira disse: “o rebanho cresce principalmente com as hostilidades. As curas de enfermidades, as libertações dos oprimidos e possessos falam mais alto que as barreiras dos homens. As muralhas se fendem e se pulverizam ante as claridades do Espírito”.

O sopro do movimento pentecostal era tão forte sobre o Brasil que outros missionários foram chegando, ao passo que ao mesmo tempo Deus foi levantando líderes brasileiros para se ajuntarem ao batalhão de obreiros da igreja pentecostal pioneira. Entre estes estão: o colombiano Clímaco Bueno Aza, que evangelizou o estado de Minas Gerais; Otto Nelson, fundador da Assembleia de Deus em Recife e na Bahia; Absalão Piano, o primeiro pastor pentecostal brasileiro; Isidoro Filho, Crispiano de Melo, Pedro Trajano, Adriano Nobre e outros.

Mas a obra pentecostal continua acelerada. Os obreiros brasileiros e os missionários estrangeiros e os crentes em geral, todos unidos, como um forte exército preparado para a batalha contra as hostes espirituais, guerreira contra a idolatria e contra a cegueira espiritual em todos os seus aspectos.

Em 1921 chega mais um saldado de Cristo, o missionário Nels Nelson e logo em seguida, mais 12 discípulos pentecostais procedentes dos EUA, para propagar que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para os céus.

Em 1924 Gunnar Vingren se transfere para o Rio de Janeiro, a capital federal de então, passando a Igreja de Belém para o Pr e Miss Samuel Nystron. No rio, Vingren funda a Assembleia de Deus no Bairro de São Cristóvão. Em 1927 Daniel Berg funda abre o trabalho pentecostal em São Paulo. Assim a obra não para. A chama pentecostal ardia em qualquer lugar que chegasse um crente batizado com o Espírito Santo. Logo o fogo do Espírito se assedia e as almas iam se convertendo. Era algo inexplicável. Eram milagres. E esse milagre do pentecoste também é nosso. Amém

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A multiplicidade da saúde do crente
O apóstolo Paulo em Tito fala sobre a multiplicidade da saúde do crente.
Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na paciência (PAULO. Tt 2.1,2).
 É o desejo de Deus que o crente seja saudável não apenas fisicamente, mas na sua totalidade, englobando a doutrina, a fé, o amor e a paciência. Muitos crentes estão enfermos, suas convicções estão comprometidas com o relativismo moral, seus princípios estão rachados pela inversão de valores e pela desconstrução da pós-modernidade, o perdão tem dado lugar à vingança, ao ódio e até á violência física, são pessoas intolerantes, irritáveis, estressados, deprimidos, sem motivação, indiferentes com a fé e com os princípios doutrinários da vida cristã. Mas há uma esperança, pois Deus é o Senhor que cura. Ele está pronto para nos dá saúde no corpo, na doutrina, na fé, no amor e na paciência. Ele quer nos fazer completamente saudável.
Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e se fizeres o que reto adiante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te cura (grifo meu) (Êx 15.26).  
Pr Joventino B. Santana.
O acróstico do poder
Certo dia eu ouvir o capitão Silvio, capitão da reserva do exército brasileiro, falar sobre o acróstico do poder. Todos nós desejamos ter poder, mas como alcançar o poder? Segundo ele o poder pode ser descrito em cinco palavras:
Propósito                    
Oração
Disciplina
Estudo
Respeito
Qualquer pessoa que colocar esses cincos princípios em prática tornará alguém de forte influência e o poder será uma conseqüência natural e recompensadora.
Pr Joventino B. Santana.

sábado, 6 de novembro de 2010

O gênesis da revolução pentecostal em Bélem do Pará.

Centenário das Assembleias de Deus no Brasil
Eu e Você fazemos parte dessa história

Ninguém poderia, nem de longe, imaginar que na humildade do sombrio e sufocante porão da Igreja Batista da Rua João Balby, 406, nasceria à maior comunidade pentecostal da história. Coisas surpreendentes começaram a acontecer, é verdade, mas nada indicava que os dois missionários pudessem vir a serem os detonadores de uma revolução espiritual de tamanhas proporções. As obras que o Espírito realizava já eram algo bem acima de tudo quanto se poderia esperar.

Apesar do exíguo espaço ocupado pelos missionários, muitos irmãos os visitavam. E eram ensinados sobre os dons espirituais, e estimulados a buscar o batismo no Espírito Santo. Os sinais iam seguindo os que criam. O Senhor curou uma paralítica, que imediatamente deixou as muletas. (Ela as prendeu na parede de sua sala para que, mudas, eloqüentes, a todos falassem do milagre.) Várias outras provas da operação divina foram testemunhadas pelos crentes. Mas o mais impressionante aconteceu com a irmã Celina Albuquerque: Jesus a libertou totalmente do câncer que se enraizava em seu rosto! Naquela mesma semana, ela estava a orar de madrugada, quando foi batizada no espírito Santo. Era a primeira pessoa a receber a promessa pentecostal no Brasil. No dia seguinte, sua irmã Nazaré teve a mesma experiência.

A princípio, não havia qualquer divergência em torno de Berg e Vingren. Eles eram reconhecidos por todos como  inquestionável resposta às suas súplicas. Os crentes mais fervorosos vinham se reunindo no templo para orar no sentido de que Jesus lhes mandasse um obreiro. Seu pastor fazia longas viagens, a evangelizar no Norte e Nordeste, e havia necessidade de ajudadores. Os suecos eram uma bênção também para as outras três igrejas evangélicas existentes na cidade: todos queriam vê-los e ouvi-los. Todos os amavam e consideravam um milagre o fato de não adoecerem naquelas condições de insalubridade, sem falar do calor de Belém.

O pr. Nelson Erick via crescer o número de visitantes: agora tornava-se bem mais promissora a obra que anelava realizar. A Primeira Igreja Batista, por ele fundada em 1897, com tantos anos de existência, até então não tinha sequer duas dezenas de membros! Daniel e Gunnar sabiam também que o pr. Nelson, logo que chegara ao Brasil, dispôs-se a rogar a Jesus que o batizasse no Espírito Santo. Decorridos quatorze dias de súplicas, o Senhor começou a derramar copioso poder sobre ele. Sua esposa, porém, temerosa, rogou-lhe que parasse com "aquilo", não lhe permitindo que recebesse a promessa. Desde então, Nelson fez-se declarado inimigo da doutrina pentecostal.

Todos logo notaram que os dois suecos não eram como os outros obreiros. Embora ninguém, nem remotamente, pudesse imaginar o quanto viria em resposta àquelas orações si que atravessavam as noites, os crentes se maravilhavam com as coisas contempladas pelos seus olhos. O interesse despertado pelos ensinamentos dos missionários e o fruto de suas longas petições desagradaram o pastor da igreja, porém, Daniel Berg e Gunnar Vingren continuaram a pregar a mensagem pentecostal que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito e leva para céu.  

Pr Joventino Barros Santana.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Centenário das Assembléias de Deus no Brasil
Eu e você fazemos parte dessa história


O inicio do avivamento pentecostal foi na casa da família dos Asbary. Alguém disse sobre o que lá ocorria:
Eles gritaram durante três dias e três noites. Era Páscoa. As pessoas vieram de todos os lugares. No dia seguinte foi impossível chegar perto da casa. Quando as pessoas entraram, elas caiaram debaixo do poder de Deus; e a cidade inteira foi tocada. Eles gritaram lá até as fundações da casa cederam, mas ninguém foi ferido. Durante esses três dias havia muitas pessoas que receberam o batismo. Os doentes foram curados e os pecadores foram salvos assim que eles entraram (Fire on the Earth por Eddie Hyatt)

Sabendo que a casa na Rua Bonnie Brae estava ficando pequena demais para as multidões, Seymour e os outros procuravam um lugar para se reunir. Eles acharam um prédio, na Rua Azusa, número 312, que tinha sido uma igreja Metodista Episcopal, mas, depois de ser danificado num incêndio, foi utilizado como estábulo e depósito. Depois de tirar os escombros, e construir um púlpito de duas caixas de madeira e bancos de tábuas, o primeiro culto foi realizado na Rua Azusa no dia 14 de abril de 1906. Alguém falou o seguinte:
As reuniões foram transferidas para a Rua Azusa, e desde então as multidões estão vindo. As reuniões começam por volta das 10 horas da manhã, e mal conseguem terminar antes das 20 ou 22 horas, e às vezes vão até às 2 ou 3 horas da madrugada, porque muitos estão buscando e outros estão caídos no poder de Deus. As pessoas estão buscando no altar três vezes por dia, e fileiras e mais fileiras de cadeiras precisam ser esvaziadas e ocupadas com os que estão buscando. Não podemos dizer quantas pessoas têm sido salvas, e santificadas, e batizadas com o Espírito Santo, e curadas de todos os tipos de enfermidade. Muitos estão falando em novas línguas e alguns estão indos para campos missionários com o dom de línguas. Estamos buscando mais do poder de Deus (Jornal The Apostolic Faith da Missão Azusa)

Notícias sobre as reuniões na Rua Azusa começaram a se espalhar, e multidões vierem para poder experimentar aquilo que estava acontecendo. Além daqueles que vieram dos Estados Unidos e da Canadá, missionários em outros países ouvirem sobre o avivamento e visitavam a humilde missão. A mensagem, e a experiência "Pentecostal" foram levadas para as nações. Novas missões e igrejas Pentecostais foram estabelecidas, e algumas denominações da Santidade se tornaram igrejas Pentecostais. Em apenas dois anos, o movimento foi estabelecido em 50 nações e em todas as cidades nos Estados Unidos com mais de três mil habitantes.
O avivamento da Rua Azusa, na cidade de Los Angeles - EUA tem marcado profundamente o Cristianismo dos últimos cem anos. Hoje, dos 660 milhões de cristãos protestantes e evangélicos no mundo, 600 milhões pertençam a igrejas que foram diretamente influenciadas pelo avivamento da Rua Azusa ou que surgiram a partir desse avivamento, como por exemplo, a Assembléia de Deus. Nós somos frutos da Rua Azusa.
Agora preste atenção sobre o que William H Durham, batizado com o Espírito Santo na Rua Azusa, e formador dos missionários E. N. Bell (fundador da Assembléia de Deus nos EUA) e Daniel Berg (fundador da Assembléia de Deus no Brasil), disse acerca de Seymour: 
Agora só uma palavra relativa ao irmão Seymour, que é o líder do movimento debaixo de Deus. Ele é o homem mais manso que eu já encontrei. Ele caminha e conversa com Deus. O poder dele está na sua fraqueza. Ele parece manter uma dependência desamparada em Deus e é tão simples como uma pequena criança, e ao mesmo tempo ele está tão cheio de Deus que você sente o amor e o poder toda vez que você chegar perto dele. – (William H Durham, fevereiro / marco de 1907).

Pr Paul David Cull

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Gostaria nesta oportunidade voltar ao tema do arrependimento perguntando:  que é o arrependimento?
Primeiramente, o arrependimento implica em uma mudança de mentalidade. O termo mais usado para arrependimento nas Escrituras gregas (NT) é “metanoia” e significa literalmente mudança de mente.  
A mentalidade hodierna é geralmente confusa e paradoxal. A idéia pós-moderna se posiciona contrário a todos os dogmas. É contra todo tipo de doutrina e a qualquer verdade que se apresenta como absoluta. No entanto, o pensamento pós-moderno não abre mão de seu dogma predileto – a relatividade moral. Na mentalidade atual não há nada certo ou errado, tudo é uma questão do ponto de vista de cada indivíduo, tudo é relativo. Hoje dia é intelectual e inteligente que não tem certeza alguma. Todavia, o verdadeiro crente tem a convicção que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
A mentalidade hodierna também se expressa a favor da preservação da vida animal e vegetal. É contra a interrupção da vida em potencial, em formação. É crime em nosso país destruir ninhos de ovos de tartarugas. No entanto, este mesmo pensamento se apresenta eloqüentemente a favor do aborto, em nome da liberdade feminina.
Considera todas as práticas e costumes das civilizações das religiões como cultura, defendendo sua propagação e preservação. Entretanto, é contra qualquer pensamento e influência cristã.  Prega a tolerância religiosa e cultural, defende a liberdade de expressão, contudo, é intolerante quanto à fé e aos princípios cristãos milenares.
Percebe-se explicitamente que as pessoas estão impregnadas por uma mentalidade relativista, eclética, ecumênica e erótica. Em fim, as pessoas têm uma mentalidade pecaminosa e afastada de Deus. Portanto se faz necessário uma mudança de pensamento. É preciso que a mente de cada pessoa seja transformada. É isso que apóstolo Paulo disse quando escreveu: “E não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). O mesmo apóstolo disse que o cristão tem a mente de Cristo (I Cor 2.16). E ter a mente de Cristo é pensar como ele pensou. É viver conforme os seus ensinamentos e princípios.
Ao contrário do pensamento hodierno, que é confuso e contraditório, a mentalidade cristã, fundamentado na mente Cristo, é coerente. Pois somente a mentalidade herdada de Jesus Cristo nos dá condições para entender coerentemente tanto a vida física como a moral.    Charles Colson escreve que:

Somente o Cristianismo oferece uma maneira para entender tanto a ordem física como a moral. Somente o Cristianismo oferece uma cosmovisão comprensível que cobre todas as áreas da vida, todos os aspectos da criação. Somente o Cristianismo oferece uma maneira de viver de acordo com o mundo real. (COLSON, 2000, p. 12).

Assim, o cristão não é contra a preservação das espécies, mas também defende a preservação da espécie humana. A vida humana seja de um adulto ou de um feto, de acordo com Constituição Federal do Brasil, é um bem inalienável e inviolável. A Bíblia ratifica que “o Senhor que é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e a faz subir” (I Sm 2.6).
Desse modo, o pensamento genuinamente cristão, fundamento nas Escrituras, nos outorga uma base solidamente racional e coerente com uma cosmovisão que se encaixa de forma natural com a realidade, nos capacitado a viver em harmonia com a estrutura do mundo real.
Arrependimento também implica em uma mudança de atitude. O verbo coligado de “metanoia” é “metamelomai” que quer dizer mudança de atitude. Quando a pessoa muda o pensamento, ela também muda de atitude. É por isso que hoje em dia se fala muito em conscientização. Por que quando as pessoas tomam consciência sobre determinado assunto a tendência natural é uma mudança de atitude e de hábito. O arrependimento provoca essa mudança.  
Um exemplo bíblico de mudança de atitude é Zaqueu. Ele é muitas vezes apresentado como símbolo de um homem pecador. Era alguém muito rico, possuidor de uma invejável posição social e financeira; entretanto, discriminado pelos seus contemporâneos por causa da profissão que exercia. Ele era líder dos publicanos no distrito de Jericó. De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, os publicanos eram odiados e desprezados pelos escribas e pela população em geral. Eram considerados traidores de sua nação e agentes voluntários de seus opressores. Por sua profissão os colocarem em constante contato com os gentios, eram tidos como impuros e, portanto deveriam ser evitados pelos judeus.      
Contudo, Zaqueu tinha um desejo – conhecer quem era Jesus.  Enquanto Jesus atravessava a famosa cidade de Jericó, acompanhado por uma imensa multidão, a qual impedia qualquer pessoa de aproximar-se dele, Zaqueu teve uma idéia para que seu plano pudesse ser facilitado. Ele subiu em um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. Quando Jesus chegou ao lugar onde Zaqueu se encontrava, antes dele identificar quem era Jesus, Jesus chamou-o pelo nome e disse que naquela noite se hospedaria em sua casa. 
Esse encontro mudou a vida de Zaqueu completamente. Com prova de mudança de atitude e de uma metamorfose interior, Zaqueu disse publicamente: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Essa atitude foi tão forte como demonstração de verdadeiro arrependimento, que Jesus disse: “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.
A Igreja é uma comunidade de ex. Paulo falou sobre isso quando escreveu a sua primeira epístola aos coríntios nas seguintes palavras: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (I Cor 6.9 – 11). 
Portanto, as pessoas que vem para a Igreja não são as melhores do mundo, pelo contrário, geralmente são pessoas discriminadas, marginalizadas e rejeitadas pela sociedade. São pessoas que geralmente já bateram em todas as portas e perderam as esperanças porque não encontraram solução para seu dilema espiritual. Elas vêm para igreja exatamente com o intuito de melhorar a sua vida espiritual, emocional, familiar, financeira, profissional e até física. O pastor Israel Alves disse com razão que a Igreja não é formada pelas melhores pessoas do mundo, são formas por pessoas que querem melhorar, que deseja, semelhante a Zaqueu mudar de atitude.
  Assim como Zaqueu, conheço pessoalmente muitas pessoas que foram completamente transformadas pelo poder do evangelho de Jesus. Em 1993, 31 de Janeiro, num domingo a noite, certo jovem, envolvido no mundo da criminalidade, planejava fazer mais um furto de veículos. Porém, naquele dia, antes de consumir o seu intento, resolveu, voluntariamente, participar do culto dominical da Igreja Assembleia de Deus. Durante o culto ele ouviu a mensagem do evangelho e da necessidade de arrependimento e de mudança de vida. Entre lágrimas aquele jovem levantou uma de suas mãos como sinal de arrependimento, desistiu do seu plano e se tornou um cristão, seguindo os ensinos de Jesus. Era alguém sendo completamente restaurado do mundo da criminalidade, transformado pelo poder do evangelho. Por isso que concordo plenamente com o apóstolo Paulo quando disse: “pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm 1.16)
Durante todo tempo de existência do cristianismo ele vem sofrendo perseguições e severas críticas de seus inimigos. Milhões se tornaram mártires, derramando seu sangue, sendo comido pelas bestas feras, pendurado em madeiros, presos, torturados e discriminados por causa de sua fé. Muitos livros foram editados para desmascarar a nossa crença, filósofos decretaram a morte de Deus, teólogos tentaram mudar a interpretação da doutrina cristã para se moldar com o pensamento vigente, leis foram criadas para barrar a propagação do evangelho e assim por diante. Entretanto, tudo isso tem se revelado frágil ante ao poder do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus. Nada mais no mundo recupera mais gente que o cristianismo exposto na Bíblia Sagrada.
Em fim, arrependimento implica em uma mudança de direção. O termo arrependimento também significa “voltar de” e “voltar para”. Arrependimento é isso: é abandonar radicalmente o pecado e voltar-se exclusivamente para Deus. O profeta Isaías esclarece esse conceito quando disse: “deixe-o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos, converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, volte-se para o nosso Deus, por que é rico em perdoar” (Is 55.7).
Jesus ilustrou essa verdade quando contou a parábola do filho pródigo. O filho pródigo é o retrato do homem pecador e afastado do Pai celestial.  É o próprio filho que toma a decisão de separar-se do pai, pedindo o que por direito era sua herança.
Vivendo independente do pai, sendo dono de seus próprios bens, resolve se afastar ainda mais, viajando para uma estranha e distante terra. Lá passa a ter um modelo de vida pervertido, dissipando todos os seus bens, ao ponto de fica pobre, sem nada. Junto a sua pobreza sobreveio aquele país uma inesperada crise econômica, ao ponto de seus cidadãos passarem fome. A crise nacional e a pobreza daquele jovem foram tão imensas que ele se sujeitou a tomar conta de porcos. De acordo com a Bíblia de Estudo Almeida apascentar porcos era o trabalho mais desprezível que um judeu poderia imaginar, e mais degradante seria dividir a comida com eles. A miséria e a fome daquele moço chegaram esse ponto, de ter que comer dos alimentos que davam aos porcos, pois ninguém lhe dava nada.
Depois do filho pródigo fica sem nada, ninguém lhe dava nada. Ou seja, primeiro o Diabo lhe ilude, dizendo que você pode viver independentemente e distante de Deus, por meio de seus próprios bens e herança. Em seguida, ele rouba tudo que você tem por meio de um modelo de vida pervertido e dissoluto. Depois de você ficar pobre e na miséria espiritual, emocional, social e financeira ninguém lhe dar mais nada. Você passar a não ter nenhum valor.
Mas aquele jovem percebendo o seu deplorável estado econômico, social e espiritual, faz uma profunda reflexão que é muito melhor está na casa do pai, vivendo sob o seu domínio, mesmo como servo, que está distante e independente, porém morrendo de fome. O arrependimento, o retorno para Deus, principia exatamente neste ponto, quando o indivíduo percebe que não há como viver sem Deus. Independente e longe de Deus a vida em todos seus aspectos e dimensões será uma declinação. O homem sempre estará em um estado de degeneração.  
Ao perceber que não haveria como viver longe do pai, aquele jovem toma uma atitude e age imediatamente, voltando para a casa de seu pai, não como filho, mas como um de seus servos. No entanto, o pai amorosamente e cheio de terna compaixão o recebe como seu legítimo filho. Recebeu o filho que estava perdido em festa, vestiu-o com a melhor roupa, simbolizando uma mudança de posição e de vida; pôs-lhe um anel no dedo, restituindo-lhe a autoridade; e calçou-lhe com sandálias, sinalizando que agora, novamente, seu filho era um homem livre.
É assim que Deus faz quando o ser humano volta-se para Ele. Os seus pecados são perdoados, a sua vida é restaurada e reconquistada a liberdade. Pois Jesus veio nos fazer livre de todo pecado e de toda opressão.  

Pr Joventino Barros Santana

sábado, 2 de outubro de 2010

Como alcançar toda a tua família para Jesus

Um exemplo claro que o Senhor deseja salvar a nossa família é encontrado no primeiro livro da Bíblia Sagrada. O sexto, o sétimo e o oitavo capítulo do livro de Gênesis pintam um quadro drasticamente calamitoso. Os homens estavam cabalmente entreguem aos desejos canais, ao ponto de provocarem a ira do amoroso Deus. O versículo cinco do sexto capítulo diz o seguinte: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado sobre a terra e que era continuamente mau todo designo do seu coração”. Aquela geração estava completamente longe de Deus e contra o próprio Deus.
Mas em meio aquela geração corrupta e depravada, um homem por Noé, cujo nome significa repouso, chamou atenção de Deus. O capitulo sexto de Gênesis inicia descrevendo a situação pecaminosa da humanidade, mas em seguida apresenta um paradoxo, ao dizer “PORÈM” – “porém, Noé achou graça adiante do Senhor” (Gn 6. 8). O versículo seqüente afirma que esse homem era justo, íntegro entre seus contemporâneos e andava com Deus. Em meio aquela geração afastada de Deus, Noé era um autêntico servo do Senhor, não negou sua fé, tinha um bom testemunho e o buscava continuamente. Por isso que ele foi salvo e toda sua família da destruição diluviana. A família de Noé é tão importante que ela é mencionada por mais de dez vezes em Gênesis e três vezes no Novo Testamento.
Conforme o Evangelho de Mateus (Mt 24.34 -37) os dias que estamos vivendo são semelhantes aos dias de Noé. A degeneração e a maldade continuam crescendo desfreadamente. Hoje em dia todo tipo de violência, prostituição, feitiçaria, homossexualismo e incredulidade dominam os meios sociais. Porém, você precisa chamar atenção de Deus em meio dessa população afastada e carente do evangelho. Assim como Deus salvou Noé e toda sua família, ele também deseja salvar toda a sua família. Assim como Deus providenciou a arca, ele também enviou seu filho unigênito pra salvação de todo o que crê.
Mas o que podemos fazer para alcançarmos essa benção gloriosa? A benção de contemplar toda nossa família servindo ao Senhor! 
Primeiro, você não negar ao Deus que serve. Sinceramente fico imaginado quando Noé iniciou a construir aquela imensa arca. Uma grande embarcação, algo ilógico para o seu tempo. Considerando que um côvado era 17,5 polegadas, a arca, portanto media 145 metros de comprimento, 24 metros largura e 14 de altura. Levando ainda em conta que ela tinha três pavimentos, a área total era de 10345 metros quadrados, com capacidade para 13960 toneladas. Alem disso, segundo alguns teólogos, naquele tempo não havia chuva, simplesmente havia uma neblina que regava a terra. Agora aparece um homem de 500 anos anunciando que Deus destruiria a terra com um dilúvio, por meio de uma chuva torrencial, que durariam 40 dias. Tudo isso parecia de fato uma loucura. Mas mesmo diante das críticas de seus contemporâneos ele não negou sua fé e nem deixou de executar o plano de construir a arca. Em fim: ele foi salvo com toda sua família.
Por causa do evangelho, muitos e até mesmo alguns de nossos familiares, tornam nossos inimigos (Mt 10. 36). Porém mesmo adiante das críticas e da rejeição de amigos e de familiares não se pode negar a fé e nem abandonar o caminho do Senhor. Por que se abandonares o caminho do Senhor como poderá contribuir para a salvação de tua família? (I Cor 7. 16).
Certo dia Pedro questionou a Jesus: nós deixamos tudo para te seguir, inclusive nossa família, o que receberemos em troca? Jesus então respondeu que receberão nesta vida cem vezes mais de casas, irmãos, filhos, campos e no povir a vida eterna.
Em segundo lugar, não se pode falar mal da igreja que você faz é membro e de nenhuma outra comunidade evangélica. Fico pensando que a arca deveria ter muitos problemas, a começar pela construção. Dentro dela deveria ter um mau cheiro quase que intolerável provocado pelos estercos e pela urina dos animais. O barulho deveria ser muito e assim por diante. Mas não encontro Noé reclamando e nem falando mal da arca ou do projeto de Deus. Aliás, ele tem uma atitude de gratidão. É tanto assim que ele levantou um altar e ofereceu holocausto ao Senhor.
Quando difamamos a igreja duas coisas acontecem: primeiro pecamos. Pois quando difamamos a igreja, estamos na verdade falando mal de nossos irmãos. Tiago nos adverte: “irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mai da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador, mas juiz. Um só é legislador e juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo” (Tg 4.11,12). Além de pecarmos, afastamos o pecador da igreja.
Portanto, jamais fale da igreja e nem dos irmãos para seus familiares. A igreja sempre terá seus problemas. O nosso dever é pregar o evangelho. É falar da vida de Jesus. É única vida de quem vale apena ser comentada. Pois por meio de sua vida ele nos deu a vida eterna.
Terceiro, você precisa da um testemunho cristão dentro do seu lar. Noé era um homem de um testemunho inatingível. Moisés resume a história deste homem da seguinte forma: “eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre seus contemporâneos; Noé andava com Deus” (Gn 6. 9). Ele é um dos três homens mais justo de toda a historia humana (Ez 14.14). E por causa de seu forte caráter conseguiu influenciar sua esposa, seus filhos e suas noras, levando-os a crerem na mensagem divina.
O apóstolo Pedro ensinou que a esposa cristã pode ganhar seu esposo sem palavras, simplesmente pelo seu testemunho de vida cristã, se não veja suas palavras: “mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece a palavra, seja ganho sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor” ( I Pd 3.1,2).
Portanto, se quisermos alcançar nossa família para Cristo é imperativo darmos um exemplar testemunho de vida cristã dentro de nosso lar. O lar é um lugar onde passa os maiores desafios da vida, quem nele vencer, está pronto para vencer em outras áreas da vida. Se conseguirmos ser crentes dentro de lar e desfrutar dentro dele de uma boa reputação, seremos tidos como verdadeiros cristãos e influenciaremos o mundo com a mensagem do evangelho. 
Em quarto lugar, você precisa buscar a Deus intensamente em oração. A Bíblia nos fala em Jeremias que Noé era um homem de oração. Ele andava com Deus e quem anda com Deus inevitavelmente se comunicam entre si. Então Noé de fato orava. É isso que precisamos fazer: orar e interceder pelos nossos familiares, pois o desejo de Deus é que todos sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade. Falando nisso, lembro de uma vizinha por de nome de Carmosina. Era uma crente convicta, pentecostal e que orava todas as madrugadas pela salvação seus vizinhos e Deus respondeu sua oração. Muitos de minha rua foram salvos, inclusive minha família. Todos estão aos pés de Cristo.
Por ultimo, sem querem dissecar todo o assunto, você precisa ter fé. A Bíblia da seguinte testemunho da fé de Noé: “pela fé, Noé, divinamente instruído acerca dos acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e tornou herdeiro da justiça que vem pela fé” (Hb 11. 7). Sem é impossível colocar os nossos familiares aos pés da cruz de Cristo. É preciso crer de todo o coração, assim como o agente penitenciário creu e alcançou a libertação de todos os de sua casa, sendo batizados por Paulo (At 16. 27 – 34).
Continue crendo e buscando a Deus em oração, dando um bom testemunho de crente, de tal forma que se alguém falar mal de você seja tido por mentiroso. Seja um influenciador cristão dentro de teu lar até mesmo sem palavras. Ganhem pela fé todos para o Senhor Jesus Cristo. Vale apena lembrar: “crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).  
Pr Joventino Barros Santana (Bacharel em Teologia, Pedagogo e licenciado em Filosofia)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quando Deus nos escolhe, escolhe também a nossa família


A família é um grande projeto de Deus, com a finalidade de nos fazer feliz, de perpetuar a raça humana e de cumprir os desígnios divinos na terra. Por isso quando Deus nos chama para sua obra chama também a nossa família.
                 cena_5_jesus_bdz5tOs projetos de Deus durante a história bíblica sempre envolve não penas os indivíduos, mas toda a família. Quando Deus criou a terra, criou o homem para cuidar; mas em seguida viu que não era bom que homem estivesse só. Então ele criou a mulher para ser sua auxiliadora e ordenou que fossem fecundos e formassem uma grande família. Quando Deus salvou Noé, ele também salvou sua esposa, seus filhos e suas noras. Quando Deus chamou Abraão e ordenou para sair de sua terra e do meio de sua parentela, prometendo fazer-lhe uma grande nação. O projeto não envolvia apenas Abraão, mas sua esposa Sara, e consequentemente o seu futuro filho. Quando Deus exaltou a José e o fez governador do Egito, a benção não foi só para José, mas também para toda sua família, que foi salva da fome. Antes de Deus chamar Moisés para ser o libertador dos Hebreus, ele escolheu sua mãe e um homem da casa de Levi, para escondê-lo por três meses e depois em seguida foi criado pela própria mãe, como empregada da filha de Faraó. Quando o Senhor libertou os Israelitas do jugo egípcio, não foram apenas os homens que saíram, mas até as crianças de peito. Diz que nem uma unha ficou na terra do Egito; até os ossos de José foram levados. Raabe foi salva da destruição de Jericó juntamente com seu pai, sua mãe e seus irmãos e todos seus familiares. Quando Deus escolheu Maria para ser a mãe do salvador, ele também escolheu José. Foi tanto assim que José quis fugir e deixar Maria, o anjo apareceu a José e falou-lhe do plano divino.
Sim, todos os grandes planos de Deus envolve a família. Isso também não é diferente em ralação ao projeto da salvação. Deus deseja salvar toda a nossa família e é uma promessa sua para aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo. A palavra de Deus nos diz: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). Essa promessa se cumpriu na vida do agente penitenciário da antiga cidade de Filipos. Ele creu e todos os seus foram salvos. Lucas registra em Atos o seguinte: “foi ele batizado, e todos os seus... e, com os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (At 16.33,34). Essa promessa também cumpriu em minha vida. Hoje posso parafrasear Josué: eu e minha casa servimos ao Senhor (Js 24.15). Essa promessa pode cumprir em sua vida também. E se a sua família já é toda cristã, salva por Cristo, dê graças e ore para o Senhor continuar cumprindo a sua promessa de salvação entre as famílias.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os grandes princípios de Deus para toda família
 
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabaça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.

Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a pela lavagem da água, pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua próprio carne; antes, alimenta e sustenta, como o Senhor à igreja; porque somos membros do seu corpo; por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá è sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também vós, cada em particular ame a sua próprio mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 5.22 ao 6.4).

Paulo, o apóstolo dos gentios, o grande expoente da doutrina cristã, escreveu neste texto sagrado sobre os princípios elementares para cada um dos membros da família. Tais princípios são leis e preceitos vindos da parte de Deus para orientar, conduzir, regular e por limites, com a finalidade de manter a paz, a harmonia e a felicidade dentro do lar; transformando, desse modo, em um “pedaço do céu”.
Esses princípios se assemelham a lei de trânsito. Se o indivíduo não a obedece está sujeito a punição e a provocar vítimas e a ser vitimado mortalmente. Da mesma sorte se alguém não acata os preceitos divinos para a sua família está passivo a conseqüências desastrosas, podendo causar até a morte de um casamento e a destruição de um lar. Muitas famílias têm sido desfeitas exatamente por causa disso. A Drª. Albertina Malafaia disse: “é justamente pela falta de obediência a essas leis que a família está passando atualmente pela uma fase aguda, de profundo descaso e desonra. Em conseqüências de os casais não levarem em consideração as normas determinadas por Deus para o casamento, grande número de famílias está se desestruturando” (MALAFAIA, 2007. P 21).
            Mas, a família que quiser de fato vencer as dificuldades hodiernas e permanecer inabalável, rejeitando as idéias de uma sociedade pós-moderna sem Deus, precisa atentar diligentemente para os princípios divinos a seguir.

1.      Princípio da submissão

Esse primeiro preceito se relaciona com a mulher. Por causa da influência do feminismo norte americano, muitas esposas, até mesmo cristãs, não mais querem ser submissas. Mas essa submissão deve ser considerada como uma ordem natural de autoridade. Deus criou a família organizada e em toda organização existe um líder. Na empresa tem o gerente, na policia tem o comandante, no colégio tem o diretor, na tribo tem o cacique, no país tem o presidente, na cidade tem o prefeito, na igreja tem o pastor. Na família, a primeira e grande instituição divina, não é diferente. Deus instituiu o marido com o líder do lar.
Essa submissão não deve ser por medo e nem obrigada. Deve ser uma atitude espontânea e voluntaria. Pois o termo submissão no original grego significa sujeitar-se em obedecer voluntariamente. Portanto o ato da mulher se sujeitar a seu marido não é um fardo, nem machismo e nem escravidão. É um ato de liberdade de poder se sujeitar sem está presa a ninguém, mas livre pela verdade da graça de Deus. Pois a verdade da graça não escraviza, mas liberta (Jo 8.32,36). 
Assim como a igreja é salva e livre pela graça (Ef 2.8,9; Tt 2.11-14), ela está livre para se sujeitar a Cristo voluntariamente, sendo zelosa e de boas obras. Assim também a mulher está livre pela mesma graça para se sujeitar a seu marido, tendo como mais alto modelo de inspiração a submissão da igreja ao Senhor Jesus Cristo, baseando em três aspectos:
·         No temor que a mulher cristã tem por Deus: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres sejam submissas ao seu marido, como ao Senhor” (Ef 5.21,22). Se a mulher é obediente a palavra de Deus e temente ao Senhor Jesus Cristo não terá dificuldade para por em prática o princípio acima, pois ser submissa ao seu esposo significa está também sob a vontade de Deus
·         Na admiração que a mulher cristã tem pelo seu marido: “a mulher reverencie o marido” (Ef 5.33). O sentido de “reverencie” é admiração. Admiração é algo que precisa ser sempre cultivada dentro do casamento, para conservá-lo sempre forte e saudável. Pois muitos cônjuges antes de se casarem tinham uma profunda admiração pelo outro, mas depois do casamento, com o passar dos tempos, perderam o hábito de se admirarem e de se declararem apaixonados.
·         No amor que a mulher cristã sente pelo seu esposo: “quanto às mulheres idosas... sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3,4). Quando a mulher aprende a amar de fato ao seu marido e quando, em contrapartida, o marido sempre conquista o amor de sua esposa a submissão torna-se algo natural e agradável.  

2.      O princípio do amor

Esse segundo princípio se relaciona ao esposo. E parece que apóstolo Paulo tem muito mais a dizer aos maridos que às mulheres; pois, são apenas três versículos para falar do deve da esposa, enquanto nove versículos são dedicados para argumentar sobre o amor que o esposo deve dedicar à sua esposa.

O homem precisa compreender que amar é muito mais que um mero sentimento, que uma mera paixão. Amar é acima de tudo uma decisão. É uma ordem imperativa de Deus – “Maridos, amai vossa mulher”.  Sendo uma ordem de Deus vai além muito das emoções e das conveniências, para operar no campo racional e espiritual. Por isso que homem deve amar fundamentado na razão e na vontade de Deus. Ele precisa decidir a amar, a ser fiel e a cuidar da esposa até que a morte o separe. Essa é a vontade e o plano de Deus para o casamento. Esse é tipo de amor que dura para sempre. Um amor forte, paciente, benigno, que tudo sofre, que tudo crê, que tudo espera e que suporta, que não arde em ciúmes, que não se ensoberbece, que não se conduz inconvenientemente, mas que se alegra com o bem está físico, emocional, social e espiritual do cônjuge. Este amor tem os seguintes fundamentos:
·         Cristo. “maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef5.25 -27). Jesus é o fundamento e o mais alto de modelo de amor (Jo 1334,35; 15.13). Devemos amar como ele amou. Isso também vale para o casamento. Assim como Jesus ama a igreja, devemos amar a esposa e até se entregar por ela. É  na verdade um amor sacrificial. Um amor que vai além das meras conveniências, além dos interesses próprios, para olhar e até se sacrificar pelo bem do cônjuge.  Um amor que não aceita, nem permite e nem exerce qualquer tipo de violência contra a mulher. Pois há uma ação positiva de cuidado físico, espiritual e emocional. Quem vive esse amor não precisa das leis que os defendam. Não que as leis, como a “Maria da Penha” não sejam boas. Mas o cristão que faz desse amor um prática e um modelo de vida, sempre viverá sem violência. A paz será seu legado. 
·         Amor próprio. “assim também os maridos devem amar a sua esposa como o próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.28,29). Resumindo: devemos amar a esposa como se fosse o nosso próprio corpo.
·         Organismo vivo de Cristo. “porque somos membros de seu corpo” (Ef 5.30). Devemos amar a esposa porque ela também é membro da igreja de Cristo. É uma serva de Deus, uma irmã em Cristo. Se queremos o bem de todos que pertencem a Cristo, é lógico que temos o dever de buscar o bem de nossa esposa e amá-la.

3.      Princípio da obediência e da honra

Esse terceiro princípio se relaciona aos filhos. Muitos adolescentes hoje em dia influenciados pelo século da proclamação da liberdade já não querem mais ser obedientes aos seus pais. Acham que não mais devem satisfação de seus atos a ninguém, muito menos aos seus familiares. Esta rebeldia tem custado caro a nossa juventude, perdendo-se nas drogas, no alcoolismo, na prostituição e na violência. Porém, o filho cristão, precisa compreender que enquanto viver sob o teto dos pais tem de ceder ao comando deles.
Deus tem duas grandiosas promessas aos filhos que são obedientes e que saibam honrar o pai e mãe, as quais são:
·         Promessa de prosperidade. “para que te vá bem” (Ef 5.3).
·         Promessa de vida longa. “e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 5.3)

4.      Princípio da disciplina

Esse quarto princípio se relaciona aos pais no seu dever de educar os seus filhos e de criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor. É um grande desafio para os pais da presente era. Não há nada que nos apóia nesta sublime e nobre missão. O mundo hodierno está confuso quanto essa questão. Mas a Bíblia é taxativa: devemos criá-los na disciplina.
Disciplinar não é castigar, mas primeiramente ensinar. O termo disciplina se origina de discípulo, e discípulo significa aprendiz. Mas só há aprendiz se houver o que aprender e com quem aprender. Neste caso a criança é um discípulo primeiramente dos pais, aprendendo na admoestação do Senhor. Portanto, o primeiro setor de educação na vida de uma criança não são as creches, mas o lar. Moisés escreveu sobre isso nos seguintes termos: “estas palavras que, hoje, te ordeno estará no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6. 6,7). Aqui vale o ditado: “educação vem berço”. E a educação cristã embutida na mente da criança forma continua lhe servirá para o resto da sua vida, mantendo-o firme nos caminhos do Senhor (Pv 22.6).
Disciplinar é também por limites. A Criança precisa aprender desde cedo que nem tudo que quer ou deseja fazer pode ser satisfeito. Em fim, disciplinar é também em última instância punir. Salomão nos ensinou sobre isso quando escreveu: “o que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24).

Podem-se resumir os grandes princípios de Deus para toda família em quatro palavras: submissão, amor, obediência e disciplina.
Para a música torna-se insuportável aos ouvidos basta que um dos tubos do órgão esteja desafinado. Para que toda família sofra basta que algum de seus membros esteja desafinado espiritualmente com algum desses preceitos divinos. Mas em contra partida para que toda família seja de fato feliz basta colocar em prática esses preciosos e imutáveis princípios divinos. O lar que vive de acordo com essas leis torna-se um retrato perfeito do relacionamento místico de Cristo com a Igreja. 
Pr Joventino b. Santana (Bacharel em Teologia, Licenciado em Filosofia e licenciando em Pedagogia)